terça-feira, 29 de junho de 2010

Dá um tempo!

Dei um tempo para o blog. Por vários motivos e desculpas (dá até para incluir a desculpa típica da época: Copa do Mundo, meu amigo...), mas a grande verdade é que "dar um tempo" não é algo que me orgulha muito. Me estressa esses interlúdios desdenhosos, seja em qualquer coisa da minha vida, principalmente nos relacionamentos. Pelo menos para o meu distanciamento blogueiro, minha cara já está coberta com um saco de papel para evitar a vergonha. Porém, na maioria dos relacionamentos, esse não é o caso. Por isso, nada mais justo do que esta crônica refletir sobre o tempo.

Acho que nos relacionamentos pelos quais passei, minhas ex deviam enxergar ponteiros na minha cara, pois elas adoravam essa história do "vamos dar um tempo". O mais inquietante, é que essa ladainha anda bem usual nas relações que existem vida a fora, e é mais comum do que flores, bombons e sentar no sofá domingo com a criatura amada para ver a "Dança dos Famosos" no Domingão do Faustão. (Ok, peguei pesado, sei disso...). Portanto, imaginem (ou relembrem!) o seguinte diálogo diante da "hipotética" situação. Às coisas não vão bem entre o casal, que após dias estranhos, contatos insensíveis e sentimentos de aversão, resolvem quebrar o gelo:

- Então, qual o motivo do silêncio? - diz ele com o oríficio retal na mão, sentindo que a estranheza dela não é TPM.

- Não sei... - ela suspira, implorando que o mundo pare porque ela quer descer.

- É sobre nós? - arrisca ele, se fazendo de monga, mesmo estando na cara que o relacionamento vive um momento "putz, fudeu!". Mas ele não pode dar o braço a torcer. Ou não quer mesmo.

- É... - diz ela, mais escorregadia que sabonete na lendária banheira do Gugu.

- É algo que eu fiz? - ele se culpa, sabendo que isso é o mesmo que uma autopiedade descarada. "Cadê minha mãe" implora, desejando um copo de Nescau e a resolução daquela situação que não vai acabar bem.

- Não, é comigo. - responde ela, merecendo um Oscar por sua atuação de "problemática da relação".

Segundos incontáveis de tensão e suspense ressoam entre os dois. Ninguém tem coragem para dizer ou fazer nada, ambos acuados como em um jogo de xadrez em que qualquer movimento pode ser o diferencial entre ganhar ou perder. Esboçando uma reação, ela finalmente respira fundo, clama por suas forças internas e regurgita incertezas de sua alma:

- Preciso de um tempo! Não tem nada a ver contigo, é uma fase que eu estou passando, e eu preciso de um tempo para pensar melhor nas coisas... - ao dizer isso, parece que ela tira um piano das costas, mas coloca um armário no seu lugar. Seis por meia dúzia, mas pelo menos por enquanto, ela vai se iludir que tem um tempo para respirar antes de ser sufocada pelo enclausuramento das dúvidas. Ou pelo menos, arranjará a coragem definitiva para acabar com a relação. Quem saberá? Ah, e claro, ela deixa uma faca cravada no coração dele.

Ele fica atônito, sem reação. Não sabe ao certo o que isso quer dizer. Olha para ela, quase chorando, mas não faz nada. Ele não pode fazer mais nada, pois é indiferente. Aceita a condição dela, e vai embora cabisbaixo, sentindo que seu coração agora pertence aos embalos dos tic tac's do relógio do tempo...

Para quem já ouviu ou disse a fatídica frase "vamos dar um tempo", sabe que tudo não passa de um eufemismo para "o relacionamento não vai bem, aqui está seu vale transporte para o Fim". É como se a relação estivesse na UTI, respirando só por aparelhos. O caixão já está até encomendado, os parentes chorando, mas quem convalece ainda acredita em milagres. Sabem como é o ser humano, esperançoso por natureza (ainda mais o brasileiro que "não desiste nunca"). Vai que de repente esse "tempo" seja benéfíco e tudo melhore na relação! Primeiro chavão do texto: "sonhar não custa nada"...

Já disse em uma de minhas crônicas, que se a pessoa diz que precisa "de um tempo", ela está sendo educada em dizer que não te quer mais. Os fatores que levam uma pessoa a ficar nessa congestão de ideias emocionais são vários, incalculáveis, bizarros e até mesmo pecaminosos, mas para a pobre criatura que não é relógio, mas mesmo assim tem que dar tempo para um outro alguém, só encontra mesmo dois caminhos a seguir: aceitar ou não o tempo proposto.

Nesse espaço de tempo em que o casal se separa em nome dos sentimentos mais confusos que pode se supor, quem fica "na espera" por assim dizer, declara seu atestado de sofredor. Primeiro, porque essa criatura infeliz não sabe ao certo os motivos que o colocaram na geladeira, ou no banco de reservas dos sentimentos do outro por quem ela ainda nutre grandes esperanças, pois caso contrário um "não dou tempo, vai a merda" seria mais prático e menos insano do que viver essa tortura. Em segundo lugar, e aproveitando o ensejo, já que se falou em tortura, haja limites para os voos que nossa imaginação alça nesse período de indefinição. Nossos neurônios se concentram unicamente em saber o que significa este tempo para a outra pessoa. Vamos da esperança do carnê do Baú da Felicidade até o Inferno astral dos desabrigados das enchentes no Nordeste. Ficamos naquelas: Ele(a) quer cair na gandaia? Na pegação geral? Tirar umas férias de mim? Será que tem outra pessoa na jogada? Tudo vai voltar a ser como antes? Primeira vez sem camisinha engravida? NÃO! Isso, não... Argh! Acho que é menos agoniante fazer gargarejos com soda cáustica.

Tento mas não consigo entender a condição humana (caso tivesse mérito nisso, provavelmente seria laureado em Harvard... ou seria jurado do Ídolos!), mas é impressionante que as mesmas forças que nos fazem suportar situações como essas, não sejam suficientes para pontuarmos os "pingos nos i's" decentemente numa relação. Infelizmente, na maioria dos casos, os sentimentos amorosos (sempre eles...) conseguem nos fazer suportar todos os tipos de sofrimentos e caras arrastadas no chão. Se tem gente louca por aí que mata o filho em nome de uma paixão doentia, então, por essas e outras, esperar no vão do querer de outra pessoa é papinha de bebê. Minha opinião é que o pior ataque é a defesa, mas a melhor defesa é o ataque. Coisa linda seria se alguém a quem foi pedido o tempo numa relação, enchesse o peito de coragem e dissesse na cara da criatura abusada: "seguinte, ou caga ou desocupa a moita!". Nada como dar uma reviravolta no jogo dos relacionamentos, com uma ação digna de autovalorização, afinal, pessoas determinadas tendem a ter a voz de comando numa relação.

Ficar naquelas de "ah, ele(a) não acabou comigo porque tem medo de me perder, por isso pediu tempo... mimimimimimi..." é burrice. E das grandes. Aliás, mais do que isso, trata-se de um convencimento descarado, porque você ainda continua se sentindo como protagonista do filme dessa pessoa, que na realidade está mais a fim de assistir o intervalo comercial. Além disso, vale a reflexão: se você é mesmo tudo isso que pensas que é na vida desta pessoa, ela não precisaria estar dando um tempo na relação de vocês, não é mesmo? Como é mesmo aquele clichê... ah, "quem ama de verdade, não dá tempo." Aham, sei, usei mais uma frase feita, pois tenho mais outra super piegas para completar então: "é pecado ficar desperdiçando tempo para ser feliz". (Bah, me senti usando uma camiseta do Che Guevara , calçando All Star e tomando uma Coca-Cola de canudinho...)

Dar um tempo não deixa de ser a manutenção de uma relação neurótica, cuja ideia de ainda possuir faz com que o outro se ache no direito de interferir em sua vida. Por isso que acabar não é a medida normalmente tomada nessas situações, pois na maioria dos casos, se desprender de alguém não é algo simples, mas é algo necessário. O detalhe é que o peso do finalizar a relação diante da situação do "dar um tempo" deveria ser tratada como uma responsabilidade mútua. Quem quer o tempo deveria ter a coragem de pedir o fim, da mesma forma de quem concede o tal interlúdio. Até mesmo porque, eu duvido que dar um tempo seja um compromisso 100% tácito, da mesma forma que um fim. Ou seja, o sofrimento dá na mesma. Porém, pelo menos terminar é não ter que ficar alimentando a esperança da incerteza.
Talvez a tônica tenha ficado drástica, pois falávamos em "dar tempo" e agora descambamos para um papo de acabar, mas na verdade, tudo isso tem a ver com encararar a realidade. O tempo no final das contas ganha um propósito surrealista de ser um mero artíficio ilusório, uma desculpa efêmera para não tatearmos o real. Se querem se iludir, ou então bancarem os otimistas (como eu, que acredita que vai ganhar na Mega Sena apostando com os números do Lost), prefiram então o lance de acabar para reatar a relação num futuro indeterminado, ao invés de ficarem dando tempo. A princípio vocês podem pensar que se trata das mesmas coisas, mas no fundo a diferença é gritante.

Se vocês estiverem livres e desimpedidos, poderão cair na gandaia, conhecer novas pessoas, e o mais importante é que não terão que prestar contas à ninguém, pois o vínculo foi rompido. É claro que ainda fica o emocional, afinal a relação não acaba literalmente com a verbalização do fim, mas pelo menos as cobranças da volta não serão tão grandes. E se houver as conversinhas moles, e ele(a) chegar com cobranças é mais fácil deixar claro que vocês não tinham mais nada a ver um com o outro. Viu, só como tudo fica mais claro e prático, como "preto no branco", "pão, pão, queijo, queijo"! (E viva os chavões populares!)


Não preciso nem repetir pela enésima vez o quanto relacionamentos são complicados e blá, blá, blá, por isso tentar facilitar às coisas pode ser o verdadeiro sentido da felicidade e da economia em gastos com psicanalistas. Sei que a frase feita do "sofrimento é opcional" é uma das maiores lorotas do mundo, (assim como "Deus ajuda quem cedo madruga" e o "trabalho enobrece o homem"), mas o tal "cortar o mal pela raiz" é uma pérola milenar da sabedoria universal. Então, "deem um tempo" para essa história de "dar um tempo", e enfrentem as formas que seus relacionamentos podem vir a tomar. Nunca é fácil, eu sei, mas caso seja o fim, podemos contar com o tempo, o de verdade, não esse inventado pelos relacionamentos, que na verdade é uma fuga dos fatos. Afinal, como diz o dito popular "o tempo é sábio". AHHHHHHHHHHH!!!! Deu de chavões! Fim. (E não um tempo para pensar em mim, já que às coisas não vão bem entre nós...)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Sou para casar!"

Confesso a vocês que casamento é um tipo de palavra que não me desce. Sério, enunciá-la me causa reações alérgicas bizarras, como brotoejas, náuseas e uma estranha coceira na testa, como se fosse meus anticorpos agindo antecipadamente contra meus futuros chifres. Apesar disso, pasmem, eu sou uma pessoa que acredita no matrimônio, da mesma forma que dou crédito a honestidade dos políticos nos horários eleitorais e que Lost ainda vai ter um remake ou uma versão mais decente para aquele final.Mesmo assim, alguém no mundo, que dita regras invisíveis e intransponíveis (algo digno de teorias conspiratórias ou de malucos com chips na cabeça) diz que nossa escala evolutiva é algo mais ou menos assim: nascer, crescer, namorar, casar, trabalhar, pôr filhos no mundo, trabalhar mais ainda, se aposentar, reclamar da aposentadoria, envelhecer e morrer. "O casamento é uma instutuição falida", esbravejam os revoltados de vanguarda ou os solteirões encalhados. Mas na realidade, a indústria matrimonial vai muito bem, obrigada, rendendo milhões a cada ano, num mercado que vai desde vestidos de noiva até bonequinhos bizarros para enfeitar o bolo do casamento.

Apesar de milhares se separarem todos os dias (sim, a indústria do divórcio também vai bem, obrigada), há pelo menos um dobro de pessoas que pensam diferente e rumam para o altar, a fim de ouvirem um Padre dizer "até que a morte os separe". E qual a razão, motivo ou circustância desse fenômeno? Amor eterno? Filhos gordinhos e rosados correndo na frente da casa? Um jardim de petúnias, uma cerca branca e um cachorro fazendo cocô no gramado? Talvez... mas também pode não ser nada disso.


Casamento é também um negócio, um investimento mútuo de duas pessoas que estão remando contra a maré, pois assim parece ser mais fácil não se afundar no mar das responsabilidades da vida cotidiana. Faz parte (antes dos princípios da "Lua de Mel eterna" e do "café na cama de novela") seguirmos nosso instinto de sobrevivência, pois afinal temos DNA o suficiente para propagarmos nossa espécie por gerações e gerações. Juntar os trapos, fazer um puxadinho, dividir as contas e aguentar diariamente alguém que você escolheu para o resto da vida, parece ser o jeito certo da humanidade caminhar (ou um sacrifício penitente para se conseguir um cantinho no Paraíso) e sobrevivermos mais facilmente. O porquê que às coisas são assim eu não sei, mas quaisquer dúvidas liguem para a condição humana. Tudo o que sei, é que muitos, desde o dia em que nascem, são doutrinados a esse modelo de vida. Pois por mais descrenças que o mundo moderno ainda possa depositar sobre os enlances matrimoniais, ainda existirão aquelas ilusões da vida perfeita, do dia-a-dia dividido com alguém que se ama, de alguém para envelhecermos juntos, etc. Tudo isso soa como um convite tentador e constante na mente das pessoas, ainda mais por elas serem sozinhas em sua essência (e assim sempre será, pelo menos enquanto o cinema seguir produzindo comédias românticas). Além do mais, o casamento sempre será como um escopo de salvação para os problemas humanos. Endividado? O casamento pode ser a sua solução! Case com alguém rico e vá passar a Lua de Mel bebendo um drink exótico no Caribe. Está sendo deportado de volta para o seu país de 3º mundo? Case, e garanta já o seu visto de permanência! Quer uma empregada doméstica, uma amante e alguém para encher seu saco quando você chega tarde em casa? Adivinhem?

E como se não bastasse, ainda há aqueles que creem na utopia de que um casamento pode salvar um relacionamento, porque via de regra é o relacionamento quem dita a salvação para as pessoas. Já ouvi casos de pessoas que disseram: "Eu e a Fulana estávamos quase nos separando, o namoro ia de mal a pior... por isso resolvemos nos casar e tentar deixar às coisas melhores. Aqui está nossa lista de presentes..." (Nem comentarei de novo o quanto o mundo é maluco...)


Todavia, ainda emerge por aí mais uma categoria de pessoas, totalmente relacionadas e focadas à instituição do sacramentado matrimônio: os "eu sou para casar!". Apesar do quanto às coisas andam liberais, das inúmeras farras, estripulias, tequilas e camas estranhas que nos são ofertadas todos as noites, ainda existe uma legião de pessoas que (se) negam a tudo isso. Por princípios morais ou convicções distintas, muitos pensam em serem seus próprios investimentos no pregão da "Bolsa de Valores dos Casórios". Viver uma vida comedida em nome da valorização do passe para o fatídico matrimônio, pode vir a ser um estilo de vida. Parece coisa de vovó, mas ainda existe a tal história do "bom partido". Sim, pois ser um "bom partido" é fundamental para se atrair outro "bom partido"! (pausa para eu respirar fundo e deixar que o enjoo passe...)

O irônico é que nesse esquema de "bom partido" até aquelas habilidades prosaicas ainda são muito valorizadas no pacote pró aliança. Ser bom de cama, bom de papo e bom provedor não é tudo. Ainda tem que saber cozinhar, lavar, passar, costurar, ser alguém legal com crianças, curtir lances família, levar o cachorro para passear e saber abrir um vidro de azeitonas. As pessoas que se dizem "para casar" poderiam ser encontradas em classificados do jornal, tamanha a lista de vantagens e perícias que elas dizem ter. Surpreendente, mas todo o dia vejo pessoas com um reluzente letreiro na testa: "sou a nora/o genro que seus pais pediram a Deus. Quer casar comigo?"

É engraçado pensar nessa ênfase em que as pessoas ainda acentuam nos relacionamentos, como se fosse o destino para todos eles. A pressão social é tão recorrente a ponto de cobranças do tipo "30 anos na cara, e ainda não casou?" serem fortes o suficientes para regerem um caos interno nas pessoas. Afinal, esse alguém misterioso que dita as tais regras invisíveis, é o mesmo que ainda faz com que meninas sonhem com o bendito dia em que entrarão vestidas de noiva em uma igreja, e com que meninos não vejam a hora em que irão tirar esse vestido delas na noite de núpcias. Mas aí, como sempre nos relacionamentos, tudo fica bagunçado. Ser "alguém para casar" não é garantia de nada, muito menos de um casamento! Talvez as culturas orientais que fazem casamentos arranjados quando os noivos ainda são bebês, estejam mais certas, pois eles aceleram toda uma enrolação que só nós sabemos o quanto é agoniante. Ou então é mais fácil seguir o método dos primórdios dos tempos, época em que trogloditas batiam com tacapes nas cabeças das mulheres e as arrastavam para uma caverna.

Bem, mas já que estamos enroscados nessa linha de viver-casar-morrer, agarrar-se ao mantra "sou para casar" pode ser uma defesa, uma crença ou uma esperança. Pois tudo até então, é apenas uma questão de fazer parte no grande tecido das convenções sociais, comprar uma frigideira, um conjunto novo de toalhas e evitar que o mundo exploda.
Das incoerências em que somos expostos diariamente, casar não deixa de ser mais uma delas. Mal nos entendemos, vivemos à beira da loucura por estarmos na nossa própria pele, então, vejam a comicidade de querermos a convivência e as responsabilidades diárias com um outro alguém. Talvez comprar uma planta, uma samambaia, sei lá, seja mais lógico.

Posso estar bem errado, mas ainda acho que o romantismo piegas e clichê, aquele mesmo em que o noivo carrega a noiva porta à dentro, não dura muito diante da realidade de calcinhas penduradas nos registros do chuveiro, ou frente a uma discussão pela última raspa de margarina. Mesmo assim, as pessoas ainda irão entrar nesse negócio, fundadas pelas mesmas expectativas e ilusões que seus pais e avós um dia tiveram. Tudo por um monte de latinhas amarradas no parachoque traseiro do carro, com o vidro rabiscado de "recém casados". Vida longa às ilusões, brindaremos aos que "são para casar" pois precisamos ainda dos que se esforçam para verem sentido nisso tudo, mesmo que esse sentido seja embrulhos de expectativas fantasiosas, alheias às expectativas da vida real. Viver por esperar não é tão bom quanto não viver uma realidade por várias vezes frustrantes dos relacionamentos que andam por aí? Talvez, mas vocês sabem como são essas coisas... Esperar um grande momento, uma grande pessoa, uma grande decisão, pode ser tudo apenas uma
grande questão de esperar.

Enquanto isso, estou aprendendo a fritar um ovo, descobri que não se mistura roupas brancas com coloridas na hora de lavá-las, instalei eu mesmo um boxe novo no banheiro e comprei cabides e uma samambaia. Ah, já falei a vocês que abro um vidro de azeitonas como ninguém?