terça-feira, 29 de junho de 2010

Dá um tempo!

Dei um tempo para o blog. Por vários motivos e desculpas (dá até para incluir a desculpa típica da época: Copa do Mundo, meu amigo...), mas a grande verdade é que "dar um tempo" não é algo que me orgulha muito. Me estressa esses interlúdios desdenhosos, seja em qualquer coisa da minha vida, principalmente nos relacionamentos. Pelo menos para o meu distanciamento blogueiro, minha cara já está coberta com um saco de papel para evitar a vergonha. Porém, na maioria dos relacionamentos, esse não é o caso. Por isso, nada mais justo do que esta crônica refletir sobre o tempo.

Acho que nos relacionamentos pelos quais passei, minhas ex deviam enxergar ponteiros na minha cara, pois elas adoravam essa história do "vamos dar um tempo". O mais inquietante, é que essa ladainha anda bem usual nas relações que existem vida a fora, e é mais comum do que flores, bombons e sentar no sofá domingo com a criatura amada para ver a "Dança dos Famosos" no Domingão do Faustão. (Ok, peguei pesado, sei disso...). Portanto, imaginem (ou relembrem!) o seguinte diálogo diante da "hipotética" situação. Às coisas não vão bem entre o casal, que após dias estranhos, contatos insensíveis e sentimentos de aversão, resolvem quebrar o gelo:

- Então, qual o motivo do silêncio? - diz ele com o oríficio retal na mão, sentindo que a estranheza dela não é TPM.

- Não sei... - ela suspira, implorando que o mundo pare porque ela quer descer.

- É sobre nós? - arrisca ele, se fazendo de monga, mesmo estando na cara que o relacionamento vive um momento "putz, fudeu!". Mas ele não pode dar o braço a torcer. Ou não quer mesmo.

- É... - diz ela, mais escorregadia que sabonete na lendária banheira do Gugu.

- É algo que eu fiz? - ele se culpa, sabendo que isso é o mesmo que uma autopiedade descarada. "Cadê minha mãe" implora, desejando um copo de Nescau e a resolução daquela situação que não vai acabar bem.

- Não, é comigo. - responde ela, merecendo um Oscar por sua atuação de "problemática da relação".

Segundos incontáveis de tensão e suspense ressoam entre os dois. Ninguém tem coragem para dizer ou fazer nada, ambos acuados como em um jogo de xadrez em que qualquer movimento pode ser o diferencial entre ganhar ou perder. Esboçando uma reação, ela finalmente respira fundo, clama por suas forças internas e regurgita incertezas de sua alma:

- Preciso de um tempo! Não tem nada a ver contigo, é uma fase que eu estou passando, e eu preciso de um tempo para pensar melhor nas coisas... - ao dizer isso, parece que ela tira um piano das costas, mas coloca um armário no seu lugar. Seis por meia dúzia, mas pelo menos por enquanto, ela vai se iludir que tem um tempo para respirar antes de ser sufocada pelo enclausuramento das dúvidas. Ou pelo menos, arranjará a coragem definitiva para acabar com a relação. Quem saberá? Ah, e claro, ela deixa uma faca cravada no coração dele.

Ele fica atônito, sem reação. Não sabe ao certo o que isso quer dizer. Olha para ela, quase chorando, mas não faz nada. Ele não pode fazer mais nada, pois é indiferente. Aceita a condição dela, e vai embora cabisbaixo, sentindo que seu coração agora pertence aos embalos dos tic tac's do relógio do tempo...

Para quem já ouviu ou disse a fatídica frase "vamos dar um tempo", sabe que tudo não passa de um eufemismo para "o relacionamento não vai bem, aqui está seu vale transporte para o Fim". É como se a relação estivesse na UTI, respirando só por aparelhos. O caixão já está até encomendado, os parentes chorando, mas quem convalece ainda acredita em milagres. Sabem como é o ser humano, esperançoso por natureza (ainda mais o brasileiro que "não desiste nunca"). Vai que de repente esse "tempo" seja benéfíco e tudo melhore na relação! Primeiro chavão do texto: "sonhar não custa nada"...

Já disse em uma de minhas crônicas, que se a pessoa diz que precisa "de um tempo", ela está sendo educada em dizer que não te quer mais. Os fatores que levam uma pessoa a ficar nessa congestão de ideias emocionais são vários, incalculáveis, bizarros e até mesmo pecaminosos, mas para a pobre criatura que não é relógio, mas mesmo assim tem que dar tempo para um outro alguém, só encontra mesmo dois caminhos a seguir: aceitar ou não o tempo proposto.

Nesse espaço de tempo em que o casal se separa em nome dos sentimentos mais confusos que pode se supor, quem fica "na espera" por assim dizer, declara seu atestado de sofredor. Primeiro, porque essa criatura infeliz não sabe ao certo os motivos que o colocaram na geladeira, ou no banco de reservas dos sentimentos do outro por quem ela ainda nutre grandes esperanças, pois caso contrário um "não dou tempo, vai a merda" seria mais prático e menos insano do que viver essa tortura. Em segundo lugar, e aproveitando o ensejo, já que se falou em tortura, haja limites para os voos que nossa imaginação alça nesse período de indefinição. Nossos neurônios se concentram unicamente em saber o que significa este tempo para a outra pessoa. Vamos da esperança do carnê do Baú da Felicidade até o Inferno astral dos desabrigados das enchentes no Nordeste. Ficamos naquelas: Ele(a) quer cair na gandaia? Na pegação geral? Tirar umas férias de mim? Será que tem outra pessoa na jogada? Tudo vai voltar a ser como antes? Primeira vez sem camisinha engravida? NÃO! Isso, não... Argh! Acho que é menos agoniante fazer gargarejos com soda cáustica.

Tento mas não consigo entender a condição humana (caso tivesse mérito nisso, provavelmente seria laureado em Harvard... ou seria jurado do Ídolos!), mas é impressionante que as mesmas forças que nos fazem suportar situações como essas, não sejam suficientes para pontuarmos os "pingos nos i's" decentemente numa relação. Infelizmente, na maioria dos casos, os sentimentos amorosos (sempre eles...) conseguem nos fazer suportar todos os tipos de sofrimentos e caras arrastadas no chão. Se tem gente louca por aí que mata o filho em nome de uma paixão doentia, então, por essas e outras, esperar no vão do querer de outra pessoa é papinha de bebê. Minha opinião é que o pior ataque é a defesa, mas a melhor defesa é o ataque. Coisa linda seria se alguém a quem foi pedido o tempo numa relação, enchesse o peito de coragem e dissesse na cara da criatura abusada: "seguinte, ou caga ou desocupa a moita!". Nada como dar uma reviravolta no jogo dos relacionamentos, com uma ação digna de autovalorização, afinal, pessoas determinadas tendem a ter a voz de comando numa relação.

Ficar naquelas de "ah, ele(a) não acabou comigo porque tem medo de me perder, por isso pediu tempo... mimimimimimi..." é burrice. E das grandes. Aliás, mais do que isso, trata-se de um convencimento descarado, porque você ainda continua se sentindo como protagonista do filme dessa pessoa, que na realidade está mais a fim de assistir o intervalo comercial. Além disso, vale a reflexão: se você é mesmo tudo isso que pensas que é na vida desta pessoa, ela não precisaria estar dando um tempo na relação de vocês, não é mesmo? Como é mesmo aquele clichê... ah, "quem ama de verdade, não dá tempo." Aham, sei, usei mais uma frase feita, pois tenho mais outra super piegas para completar então: "é pecado ficar desperdiçando tempo para ser feliz". (Bah, me senti usando uma camiseta do Che Guevara , calçando All Star e tomando uma Coca-Cola de canudinho...)

Dar um tempo não deixa de ser a manutenção de uma relação neurótica, cuja ideia de ainda possuir faz com que o outro se ache no direito de interferir em sua vida. Por isso que acabar não é a medida normalmente tomada nessas situações, pois na maioria dos casos, se desprender de alguém não é algo simples, mas é algo necessário. O detalhe é que o peso do finalizar a relação diante da situação do "dar um tempo" deveria ser tratada como uma responsabilidade mútua. Quem quer o tempo deveria ter a coragem de pedir o fim, da mesma forma de quem concede o tal interlúdio. Até mesmo porque, eu duvido que dar um tempo seja um compromisso 100% tácito, da mesma forma que um fim. Ou seja, o sofrimento dá na mesma. Porém, pelo menos terminar é não ter que ficar alimentando a esperança da incerteza.
Talvez a tônica tenha ficado drástica, pois falávamos em "dar tempo" e agora descambamos para um papo de acabar, mas na verdade, tudo isso tem a ver com encararar a realidade. O tempo no final das contas ganha um propósito surrealista de ser um mero artíficio ilusório, uma desculpa efêmera para não tatearmos o real. Se querem se iludir, ou então bancarem os otimistas (como eu, que acredita que vai ganhar na Mega Sena apostando com os números do Lost), prefiram então o lance de acabar para reatar a relação num futuro indeterminado, ao invés de ficarem dando tempo. A princípio vocês podem pensar que se trata das mesmas coisas, mas no fundo a diferença é gritante.

Se vocês estiverem livres e desimpedidos, poderão cair na gandaia, conhecer novas pessoas, e o mais importante é que não terão que prestar contas à ninguém, pois o vínculo foi rompido. É claro que ainda fica o emocional, afinal a relação não acaba literalmente com a verbalização do fim, mas pelo menos as cobranças da volta não serão tão grandes. E se houver as conversinhas moles, e ele(a) chegar com cobranças é mais fácil deixar claro que vocês não tinham mais nada a ver um com o outro. Viu, só como tudo fica mais claro e prático, como "preto no branco", "pão, pão, queijo, queijo"! (E viva os chavões populares!)


Não preciso nem repetir pela enésima vez o quanto relacionamentos são complicados e blá, blá, blá, por isso tentar facilitar às coisas pode ser o verdadeiro sentido da felicidade e da economia em gastos com psicanalistas. Sei que a frase feita do "sofrimento é opcional" é uma das maiores lorotas do mundo, (assim como "Deus ajuda quem cedo madruga" e o "trabalho enobrece o homem"), mas o tal "cortar o mal pela raiz" é uma pérola milenar da sabedoria universal. Então, "deem um tempo" para essa história de "dar um tempo", e enfrentem as formas que seus relacionamentos podem vir a tomar. Nunca é fácil, eu sei, mas caso seja o fim, podemos contar com o tempo, o de verdade, não esse inventado pelos relacionamentos, que na verdade é uma fuga dos fatos. Afinal, como diz o dito popular "o tempo é sábio". AHHHHHHHHHHH!!!! Deu de chavões! Fim. (E não um tempo para pensar em mim, já que às coisas não vão bem entre nós...)

33 comentários:

  1. Eu pensava o mesmo até dar um tempo. Mas, na minha ocasião, o dar um tempo foi um retraimento solitário, um dis-tanciamento da própria relação, de modo que eu pudesse aceder e questionar à relação diretamente.

    Há situações em que dar um tempo é um recuo, como estamos usando chavões aqui, para se pegar distância para melhor saltar.

    Da minha situação, posso falar que eu enfrentava um período de desgaste. Na ocasião eu quis acabar, mas cedi e dei um tempo. Não me arrependo dessa decisão: a relação se fortaleceu e tem sido muito melhor do que era.

    É com você, Márcia Goldschmidt.

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  2. Acho que dar um tempo é uma questão de sabedoria a ser usada numa relação, como uma greve. Não dá pra banalizar. Apesa disso, sou egoísta pois não gosto que me peçam tempo. Na verdade nem dou, mas já pedi tempo para uns namorados meus. Se deu certo ou não, não sei. A culpa foi do desgaste do próprio tempo de relação, não do fato de dar um tempo propriamente dito entre nós.
    Como sempre, o Sr. Apêndice tocando nas nossas consciências hehehe

    Adorei o texto! Saudades de ler o blog! Beijos :D

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  3. sou totalmente contra dar tempo nas relações! o quer ou não quer! rsrsrsrrs
    amei o texto greguinho! :D
    bjos

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  4. muito bom o texto!!!!
    beijo beijos

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  5. "Para quem já ouviu ou disse a fatídica frase "vamos dar um tempo", sabe que tudo não passa de um eufemismo para "o relacionamento não vai bem, aqui está seu vale transporte para o Fim". É como se a relação estivesse na UTI, respirando só por aparelhos."

    Bom demais, como sempre, Grégo!
    beijoo

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  6. "Acho que nos relacionamentos pelos quais passei, minhas ex deviam enxergar ponteiros na minha cara, pois elas adoravam essa história do "vamos dar um tempo"."

    Digo o mesmo, por isso tenho odio dessa coisa de dar tempo! ¬¬
    Adorei o texto! Mais um pra mim, hahaha
    Beijo ;)

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  7. Olá!

    Gostei muito do seu texto, porém, tenho uma observação a fazer. O tempo é necessário nas relações pois permite-nos pensar, acima de tudo, sobre nós mesmos. Eu acho inválida uma relação em que não é possível pensar sobre o que queremos e se vale a pena mesmo. Pois sempre haverá brechas necessárias nas relações, e só o tempo pode nos revelar o caminho certo. Não acho que uma pessoa que pede tempo é "educada em dizer que não te quer mais", pois isso não é o mesmo que estar em dúvidas, que é o verdadeiro sentido de pedir um tempo. E "cortar o mal pela raiz" nem sempre significa terminar. Se afastar pode ser dar um tempo, e cortar o mal pela raíz ao mesmo tempo, sendo assim, algo necessário para salvar uma relação. Acho pertinente pensares nesses pontos, pois nem sempre dar um tempo significa o fim. Não concordo com "quem quer o tempo deveria ter a coragem de pedir o fim, da mesma forma de quem concede o tal interlúdio." Particularmente, minha relação foi salva por causa de "dar um tempo."
    Mas gostei muito das tuas ironias e mesmo não estando plenamente de acordo, gostei da tua posição. Me divertiu, confesso.

    Cordialmente,

    André

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Para mim, o "dar um tempo" significa "quero ver se fico bem sem ti e se ficar, adeus!". É incrível o quanto as relações se repetem e os discursos são os mesmos seja aqui ou seja em Marte. Pior mesmo que o "dar um tempo" para mim é o "me sinto pressionado", ah tá né queridão!

    Como seria mais civilizado se vivêssemos em um mundo aonde pudéssemos ser honestos e sinceros o tempo todo. Um pouco mais tumultuado, é verdade, mas muito mais agradável.

    E os chavões, bem, concordo com você Ana Maria Braga (hehehe)

    Adorei o post!

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  10. "Ficamos naquelas: Ele(a) quer cair na gandaia? Na pegação geral? Tirar umas férias de mim? Será que tem outra pessoa na jogada? Tudo vai voltar a ser como antes? Primeira vez sem camisinha engravida? NÃO! Isso, não... Argh!"

    Adorei! Deve mesmo ser impossível fugir dessas dúvidas quando se dá um tempo. Comigo particularmente nunca aconteceu, sempre gostei de deixar as coisas bem claras.

    É como li em algum lugar que não lembro qual foi: "Um namorado me disse, certa vez, que não estava feliz comigo. Achei justo que terminássemos, pois a última coisa que quero no mundo é fazer alguém infeliz. Se já não é fácil agüentar a própria infelicidade, agüentar a dos outros é quase impossível."

    Sábias palavras, né?
    Adorei o texto, pra variar! Só não gostei da parte em que tu disse que "deu um tempo" pro blog. Espero atualizações tuas pra voltar aqui e comentar muito :D aheiuhauie

    Beijos :*

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  11. "Então, "deem um tempo" para essa história de "dar um tempo", e enfrentem as formas que seus relacionamentos podem vir a tomar. Nunca é fácil, eu sei, mas caso seja o fim, podemos contar com o tempo, o de verdade, não esse inventado pelos relacionamentos, que na verdade é uma fuga dos fatos."

    Isso aí Sr. Apêndice! Apoiado!!! Ninguém pode gostar de tempo ou de esperar pela decisões do outro! Então que parem de fugir dos fatos e tenham coragem pra acabar ao invés de enrolar!!! Se me pedem tempo eu já mando a pessoa crescer porque quem só quem dá tempo é relógio ahueheahiieauhea

    Adorei o post! Beijinhos ^^

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  12. Pois é, a historia de dar um tempo e a frase tão comum "Não tem nada a ver contigo, é uma fase que eu estou passando, e eu preciso de um tempo para pensar melhor nas coisas... " é bem assim mesmo, as vezes qualquer desculpa que nos dão não adianta, porque mesmo que digam qualquer palavra a gente sabe os verdadeiros motivos. Parabéns pelo texto, ficou muito legal :) Beijos

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  13. mazáaa greg! blog premiado então!!! parabéns cara, tu é fera mesmo! abração

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  14. Apesar dos dias que andei afastado do blog (algo que não quero que se repita mais), lembrava bastante do pessoal que usualmente lê e comenta por aqui. Vocês são realmente o sentido de eu ficar filosofando sobre os relacionamentos, e viajando em suas "encheções de saco" amorosas. É sempre um prazer responder a vocês seus comentários, e claro, AGRADECER sempre por suas contribuições. O "Crônicas do Sr. Apêndice" é de vocês na realidade! Sou grato demais! Agora, vamos ao trabalho:

    - G. T.: Gostei do chavão (eles de novo!) que o tempo é um recuo, um distanciamento para melhor se saltar. Na realidade, a ideia inicial do tempo nas relações talvez (friso o talvez) deveria ser essa (eu mesmo já fiz isso, não nego), porém o resultado normalmente pode pender a mais desgaste. Porém, acredito que se o tempo for um movimento corajoso de ambos os lados envolvidos na relação, sempre com foco no acordo que estão fazendo, talvez às coisas funcionem, como ocorreu contigo. Nunca se sabe, não é mesmo auditório? Hehehe... Abraço

    - Luciana Mello: Aí que eu me refiro! Como tu colocaste, o tempo pode ser um afastamento da relação que serveria para sanar o tempo de desgaste da relação, coisa natural da vida. Talvez o tempo devesse ser usado com sabedoria, como tu mencionaste (e de certa forma o G.T. também colocou), mas tu mesmo disse como não gosta de tempo, hehehe... Então, acho que cada um usa o tempo do jeito que melhor entender, e aceita ou não, não tem jeito essa discussão! Aheiaheiuae! Muito obrigado pela leitura e pelo comentário, sempre bem-vindos por aqui! Beijo

    - Laila: Nossa! Tu tem uma opinião bem pragmática para uma geminiana, hehehe... Jurei que tu era uma adepta do tempo, uhauhauea... Beijos e muito obrigado querida

    - Anônimo (Fê): Muito obrigado pela leitura e pelo comentário!

    - Isabella Maciel Heemann: Ora, muito obrigado Isa! Valeu pelo apoio de sempre! Beijos

    - Dani: Hehehe... Fico feliz que as Crônicas do Sr. Apêndice sempre funcionem para o que tu pensa, Dani! Muito obrigado pelos comentários de sempre! Beijo

    - André Zago: Como estávamos discutindo aqui pelos comentários mesmo, o tempo não é necessariamente o fim de uma relação. Porém, se ele ocorre em algum caso, você mesmo tem que concordar, é porque algo não vai bem entre alguma das partes. Não consigo enxergar as relações como um itinerário, que lá nas tantas se você se sentir cansado, você sai para tomar um ar ou tirar umas férias. Porém, mesmo que a pessoa te peça um tempo, ela está sendo sim educada em te dizer que não te quer mais, nem que seja por aquele momento, caso contrário, qual o motivo dessa atitude? Mas, não posso deixar também de discordar que um tempo pode salvar um relacionamento. Na minha sincera opinião, as pessoas devem mesmo tentar lutar pelo o que faz bem a elas. O problema que na questão de tempo, por várias vezes não há mais o que lutar... Agradeço muito por sua opinião, e seja sempre bem-vindo a fazer seu comentários por aqui. Abraço

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  15. - bghiorzi: é verdade! O tempo pode ser um "vou me testar se fico bem sem ti". O fato é que essa honestidade exige muita coragem em um relacionamento, pois nem sempre o retorno pode ser o esperado. Além disso, ninguém quer dar o braço a torcer 100% não é mesmo? Não tem jeito, como você mesmo disse: os discursos são o mesmo, aqui ou em Marte! E quanto aos chavões, com certeza Ana Maria Braga adoraria-os, ahuehaiuehaiuea... Muito obrigado pelo comentário e pela leitura do post! Abraço

    - A.SFo.: Sábias palavras mesmo! Que beleza se todos tivessem essa consciência de não ficar "segurando o outro" com essa desculpa do tempo, evitando que muitas pessoas ficassem infelizes. Valeu mesmo Nani pelo comentário e pela leitura! E fica tranquila que não quero mais dar tempos ao blog, sendo que logo, logo já postarei um tema novo, esperando certamente por teus comentários, hehehe... Beijos

    - Nina: Valeu pelo apoio, hehehe... Concordo contigo, tudo é uma questão de coragem! E com certeza, quem dá tempo é só o relógio mesmo! Essa chavão é o mais clássico mesmo! Valeu mesmo pela leitura e comentário! Beijos

    - VejaBlog - Seleção dos Melhores Blogs/Sites do Brasil!: NOSSA!!! Essa foi uma baita surpresa!!! Muito obrigado a vocês pela honra dessa seleção! Abraços

    - Aline: Isso mesmo, Aline! Quando começam os papinhos moles de sempre, a gente logo sabe que estamos sendo enrolados, heheheh... Muito obrigado pelo comentário e pela leitura do post! Beijos

    - Morais: Muito obrigado meu velho! Abraço

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  16. "Ele não pode fazer mais nada, pois é indiferente. Aceita a condição dela, e vai embora cabisbaixo, sentindo que seu coração agora pertence aos embalos dos tic tac's do relógio do tempo..."
    Esse tic tac me lembra festa "Tik tok, on the clock But the party don't stop, no Woah-oh oh oh
    Woah-oh oh oh" heheheh por isso concordo plenamente com o Sr. Apêndice, o tempo pode nos proporcionar vária oportunidades melhores do que a de ficar se lamentando e esperando. Resta a quem recebeu o tempo, saber aproveitar as oportunidades que aparecerem. Há males que vem para o bem (mais um chavão para aumentar a lista).
    Kelly Jones, em Rewind - Stereophocs, diz:
    "But wait, you can breathe You can see what I can see Don´t waste your time You can´t make back"

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  17. Adorei esse texto e esse blog. Falar de relacionamentos desse jeito é algo que nos deixa até mais conformados com as formas deprimentes que eles tomam. Ri bastante com o diálogo e com as comparações que tu faz, e rir é o melhor remédio, até para corações partidos. Veja, mais um chavão auiehaeuhauiea
    A parte que mais gostei foi

    "Dar um tempo não deixa de ser a manutenção de uma relação neurótica, cuja ideia de ainda possuir faz com que o outro se ache no direito de interferir em sua vida."

    Pior é que é bem assim mesmo! Virei seguidora, fã e leitora sua, Sr. Apêndice! Parabéns pelo blog, tudo de bom! :)

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  18. Muitas vezes, o "dar um tempo" revela "não o amo, porém não quero que se machuque por isto".

    Coisa algo estúpida, porque não amar já machuca, independentemente de a pessoa permanecer ou não com a outra.

    Abraço!

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  19. Adorei o texto!
    Sou contra dar um tempo. Eu já pedi um tempo. Na verdade disse "vamos terminar agora e ver como fica depois de um tempo" (mas em outras palavras). E posso dizer que teria sido muito melhor eu ter terminado de uma vez e não ter enrolado a pessoa. Imagino que o dito cujo deve ter se emaranhado em questões como as ditas em seu texto. O legal e justo a ser feito, porém não mais fácil, é terminar, não deixar a outra pessoa pendurada em uma relação falida. A menos que você realmente saiba que vai voltar, mas daí pra que o tempo?
    Relacionamentos são tão complicados!

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  20. Muiito bom! :)
    Essa história de dar um tempo é, realmente, mais uma forma que a apendicite dos relacionamentos se apresenta. Acredito que todos precisamos de um tempo para refletir, respirar um pouco, organizar as ideias e traçar (novos) planos. Até porque, casais que não sabem viver um segundo separados, dificilmente dão certo. É necessário e saudável ter um tempo exclusivamente nosso. Porém, não vejo motivo para "retiro" ou "isolamento" por dias, nem ignorar chamadas e fingir que tem uma vida de solteiro e sair pra conhecer gente nova. Isso é ridículo! Ter um momento só seu é uma coisa... Ficar confuso com o que sente, querer ficar sozinho, mas deixar o outro "na geladeira" é outra bem diferente.

    "O tempo no final das contas ganha um propósito surrealista de ser um mero artíficio ilusório, uma desculpa efêmera para não tatearmos o real. Se querem se iludir, ou então bancarem os otimistas [...], prefiram então o lance de acabar para reatar a relação num futuro indeterminado, ao invés de ficarem dando tempo."

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  21. Comentei no twitter mas vou comentar aqui: nunca achei justificável "dar um tempo". Concordo quando tu diz que isso é um eufemismo para dizer que tudo acabou. Se é pra dar um tempo que seja pra dar um tempo juntos, um tempo do resto do mundo. Se nada adiantar, o fim não é um má opção. :)
    beeijo gregory

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  22. Concordo com você, apesar de já ter pedido tempo algumas vezes para a mesma pessoa(o que foi muito pior), mas acho melhor pedir sim o fim do que ficar nesse chove não molha kkkkk
    Das vezes que me foi concedido o tempo, cair realmente na gandaia, mas quando fui solicitada a retomar aquela relação que tanto me desgastou, o meu maior erro foi que sempre tava lá, recomeçando algo que me faria pedir mais uma vez aquele tão infalível tempo.
    Foram 5 anos nesse relacionamento, e hoje não nos falamos mais; quando estávamos às vésperas dele pedir um tempo para mim eu coloquei um fim,e não cedi, acho que é por isso que ele não fala comigo hoje.
    Não me arrependo, estou casada a três anos e sou muito feliz com este novo relacionamento!

    Catiany

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  23. Grande texto! (Não, não tô falando da extensão... tô falando de qualidade! hahaha!) Esse tal de tempo é uma enganação só. Ora, bolas, ou tu tá comigo, ou não tá! Não tem meio-termo... Já me pediram isso uma vez. Foi numa tarde. À noite, voltando pra casa, eu liguei pra ela e terminei; não queria tempo coisa nenhuma. Ela, então, disse o que realmente queria ter dito quando pediu o tal tempo: queria terminar, mas não teve coragem. Barbaridade. Falta coragem nesse mundo, pessoal. Falta coragem e sinceridade - consigo mesmo, diga-se de passagem.

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  24. - greicy.ps: "Há males que vem para o bem"! Perfeito Libriana! O ideal é substrair às vantagens dessas coisas desvantajosas com o tempo. Seguir em frente e ver no que pode dar é mesmo o correto a ser feito. Afinal, "quem não arrisca não petisca", aheiuaheiaeh (outro chavão!) Valeu pelos comentários e pela contribuição com o Stereophonics por aqui! ;) Beijos

    - Lisa Franco: Muito obrigado mesmo pelos comentários e elogios! E essa é a ideia do blog, rir para não chorar! ahueihaiuehae... Valeu, beijo

    - Apoena Míope: Pois é Apoena, nessas questões amorosas tudo poderá se parecer com um jogo de xadrez, tal qual citei no texto, cujo o sacrifício é necessário para se atingir a vitória. Então, dar tempo, não amar e etc. tudo irá acabar machucando... Muito obrigado pela leitura e pelo comentário! Abraço :D

    - Bruna: Obrigado Bruna pela leitura e por seu comentário! Realmente, a grande indagação do tempo é essa, um emaranhado de questões entre a posse e seguir em frente, sempre esbarrando na impossibilidade de estarmos felizes juntos e separados com a pessoa. Ou se vai para um lado, ou para o outro, não tem jeito. Por isso, não julgo sábio com tu mesmo disse "deixar a outra pessoa pendurada em uma relação falida". É... relacionamentos são MUITO complicados, hahahaa.. Beijos

    - Giovanna I. : "Essa história de dar um tempo é, realmente, mais uma forma que a apendicite dos relacionamentos se apresenta." Adorei esse comentário Geminiana! Realmente, um tempo, no estilo "tomar um ar" na relação é vital, porque como disseste, ninguém consegue viver sob um sufoco! Mas daí partir para uma situação existencial de dúvidas e indecisões, tudo baseada na premissa do tempo é complicado. Até porque a vida da outra pessoa fica nas suas mãos, e isso é complicado demais! Beijos e muito obrigado pelos comentários e pela ótima leitura de sempre

    - Pricilla Farina Soares: Isso mesmo Pri! O fim na realidade pode vir a ganhar uma posição de salvadora da "relação" nesse aspecto, enquanto o tempo se torna seu vilão! Ótima colocação! Muito obrigado por deixar seu comentário por aqui também, e pela leitura de sempre! Beijos

    - Anônimo (Catiany): Muito bem! Seu comentário é uma prova de que lidar com situação do tempo com sabedoria, e principalmente, com atitude, pode vir a render ótimos desfechos. Mas como todos, tu passaste pelo emaranhado que o tempo costuma ser para as relações, mas o melhor de tudo é sair por cima, não? E realmente, alguém normalmente sai "ofendido", e o melhor é que não foi tu huaeuihauehae.. Muito obrigado pelo comentário! Beijo

    - Leandro Fonseca: Isso mesmo Leandro! Ou "caga ou desocupa a moita", não é mesmo? O detalhe, como disse, é que nem todo mundo tem a atitude que tu teve ou a sinceridade para agir da forma decente, algo que fez tua ex se atrapalhar para agir. Tempo é baboseira mesmo, falta de sinceridade e coragem consigo e com os outros mesmo! Valeu mesmo pelo comentário! Abraço

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  25. Primeiramente, confesso que fiquei horas pensando sobre o que comentar aqui sem me tornar repetitiva em relaçao aos comentarios dos outros (Dificil!) ..
    Resolvi te elogiar apenas , também porque não tenho muitas experiencias que mereçam ser contadas aqui à respeito de dar tempo ou não e na verdade , nem tenho uma opiniao formada sobre o assunto´, é o tipo de coisa que só se sabe quando se vive ... Voltando aos elogios , coisas que tu deve tá cansado de ler , sobre o quanto é incrivel e perspicaz a forma como tu te expressa , sobre o quanto teus textos são fantasticos e o quanto eu ando te "perseguindo" ultimamente. Porem , particularmente , prezo sempre por bom humor e é isso principalmente que me atrai a fazer visitas ao teu blog.

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  26. - Letícia Matozo: Uau! Fiquei muito feliz e até mesmo envaidecido com o teu elogio! Sem palavras suficientes para expressar meus agradecimentos, e fico muito contente que esteja me perseguindo, pois palavras assim, justamente como outras que recebo (sejam elogios, críticas ou ameaças de morte hehehe) só me incentivam a escrever mais e seguir colocando o dedo na apendicite alheia! :D
    Mais uma vez, muito obrigado pela leitura e por acompanhar o blog! Um beijo

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  27. Me desculpe pela demora em retribuir os comentários que fez em meu blog. Quero agradecer primeiro pelos elogios, fico muito feliz que tenha gostado da minha humilde escrita (:

    Quanto ao seu blog... é simplesmente ótimo! O que mais me chamou a atenção foram as imagens temáticas em cada postagem, são perfeitas. Não li todos os textos ainda, mas gostei do que li até agora. Esse texto em especial trata um assunto muito interessante: o tempo. Ele pode ser favorável ou prejudicial. Depende de quem vê. Depende de quem sente. Gosto de pensar nele embora ainda não ouse escrever sobre.

    Parabéns pelo blog mais uma vez. =]

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  28. Realmente...
    O bom humor e a forma que tu expõe as situações, me faz pensar sobre um tema que venho evitando nos últimos anos: Relacionamento.
    Pelo o que estou vendo, algumas das minhas melhores amigas também acompanham teu blog.
    Devo dizer que somos pessoas exigentes em relação a leitura e também pessoas muito sinceras. Teus textos são ótimos, parabéns! :D

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  29. - Ítalo Esteves: Meus elogios ao teu blog são realmente muito merecidos Ítalo, pois escreves muito bem! Parabéns, "A Vida É Febril" é genial! Quanto ao tempo, é realmente isso que quis colocar nas linhas e entrelinhas: tudo depende de quem vê! Muito obrigado pelo comentário e pela leitura (e pelo elogio também, hehehe)! Um abraço

    - Michelli.: Puxa! Então fico realmente envaidecido, pois se pessoas exigentes gostam do que escrevo, considero isso como uma conquista para mim! E quanto ao que tu evita, "os relacionamentos", te digo que é impossível fugir deles, por isso que seja pelo o caminho do bom humor sua abordagem, hehehehe... Muito obrigado mesmo pela leitura e pelo comentário, Michelli! Espero que tu e tuas amigas continuem seguindo o Sr. Apêndice! Um beijo :D

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  30. Em primeiro lugar, teus textos são realmente muito bons, parabéns.
    Em segundo, concordo com o G.T. lá em cima, já que a namorada com a qual ele deu um tempo fui eu.
    Não acreditava em tempo, era adepta do "se me pedir um tempo eu acabo", mas entendi a situação. Acho que os dois foram egoístas no início do relacionamento e o tempo longe serviu para que nos conhecessemos mais e consequentemente pudéssemos perceber o quanto o estar junto importava. Esse tempo longe não nos abalou, pelo contrário, só fez com que nosso amor aumentasse.

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  31. Prometo um dia tomar coragem e tirar tempo para ler suas postagens.

    Agora quero convidar-lhe a participar deste blog aqui > http://sobvariosolhares.blogspot.com/

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  32. Deu de tempo, Sr. Apêndice! Volte a nos divertir com teus ótimos textos!

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  33. - Larissa Vieira: Ei Larissa, muito obrigado pela leitura e pelo comentário! Acho que vocês foram sortudos na situação do tempo, mas como disse ao G.T., vocês fizeram um movimento corajoso, que poucos sabem a maneira certa como fazer. Eis que hoje vocês colhem os frutos disso, não? Sorte para vocês! Abraço

    - Rafael Caitano: Valeu Rafael, e realmente me interessei em participar desse blog. Abraço

    - Giovanna I.: Seu desejo é uma ordem, geminiana! Prometo não demorar mais tanto...

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Fala que o Sr. Apêndice te escuta...